O comediante eslovaco Matej Makovický está a enfrentar duras críticas pela sua actuação em Ostrava, onde fez uma piada inapropriada sobre o primeiro-ministro Robert Fico no seu programa de stand-up. A piada de Makovicky, que ressoou no público, tinha um conteúdo chocante em relação ao assassinato fracassado do primeiro-ministro. O comediante tentou usar o humor negro em sua atuação, mas permanece a dúvida se tal discurso pode ser considerado como ultrapassando os limites da liberdade de expressão.
Declaração polêmica sobre o primeiro-ministro
Durante a sua aparição na República Checa, Makovický observou com ironia: “Exportamos carros, bolinhos de queijo e estudantes. Você sabe, exportamos tantos estudantes para a República Tcheca que não sobraram muitos deles na Eslováquia. E então fica assim… Não podemos nem atirar no nosso próprio primeiro-ministro.” No entanto, essas palavras, que arrancaram risadas do público, geraram um debate sobre se o comediante estava prestes a espalhar o ódio ou a incitar a violência.
É apenas humor ou algo mais?
O cientista político Eduard Chmelár também foi muito crítico, perguntando publicamente se declarações semelhantes não são diretrizes para um crime. “Isso não é incitação ao crime? Ou a promoção da violência? De qualquer forma, não ouvi uma única palavra da oposição condenando tais expressões – presumo que ainda se estavam a divertir”, escreveu Chmelár no seu comentário.
Falta de reação da oposição
Embora Makovický tenha tentado amenizar a situação com humor negro, a questão da sua responsabilidade por tais declarações permanece em aberto. A ausência de condenação pública por parte dos líderes políticos, especialmente da oposição, levanta novas questões sobre os limites da liberdade de expressão e onde está a linha entre o humor e o discurso inaceitável.
Resumidamente: Durante a sua actuação em Ostrava, o comediante eslovaco Matej Makovický brincou sobre o assassinato do primeiro-ministro Robert Fico, o que causou uma onda de críticas. O cientista político Eduard Chmelár caracterizou as suas declarações como potencial incitação a um crime e chamou a atenção para a ausência de reação da oposição.